O homem mais feliz do mundo

A felicidade é como o sol, também é para todos. Mas como alcançá-la? 
Existem pessoas – raras, é verdade – que alcançam níveis altíssimos de felicidade. 
Mas como se pode medir a felicidade? 
Os cientistas da Universidade de Wisconsin – Madison, EUA, estudam, há anos, o grau de satisfação do ser humano, que é nada mais que a felicidade de cada um. Trata-se de um estudo neuronal. Através de ressonâncias magnéticas nucleares, o cérebro fica conectado com 250 sensores que detectam os níveis de estresse, irritabilidade, prazer, satisfação e outras sensações diferentes. Mathieu Ricard, 61, anos, monge tibetano, francês de nascimento, detentor de doutorado em biologia, abandonou o microscópio e se mandou para o Tibet. 

Hoje, é assessor do Dalai Lama. Mathieu, em 2012, se ofereceu como cobaia, juntamente com centenas de voluntários para o estudo da felicidade, dirigido pelos neurocientistas da Universidade de Wisconsin. Para o espanto dos cientistas, descobriu-se que o cérebro de Mathieu produz um nível de ondas gama nunca antes relatado pela neurociência. O estudo revelou que graças a meditação (e também a alimentação vegetariana), ele tem uma capacidade incrivelmente anormal de sentir felicidade e uma propensão reduzida para a negatividade. Os índices máximos atingiam, até então, o grau 0,3 (muito feliz) enquanto Matheiu alcança o grau 0,5 (felicíssimo)! Qual a razão desse extraordinário índice de felicidade?

Matieu Ricard dá a sua receita, que nada mais é o entendimento de algumas coisas da vida:

“Velhice: quando a agudeza mental e a ação diminuem, é tempo de experimentar e manifestar carinho, afeto, amor e compreensão.

Morte: faz parte da vida, rebelar-se é ir contra a própria natureza da existência. Só há um caminho: aceitá-la.

Solidão: existe uma maneira de não se sentir abandonado: perceber a todas pessoas como parte de nossa família.

Alegria: está dentro de cada um de nós; só há que olhar em nosso interior, encontrá-la e transmiti-la.

Identidade: não é a imagem que temos de nós mesmo, nem a que projetamos; é a nossa natureza mais profunda, essa que nos faz ser bons e carinhosos com quem nos rodeia.

Conflitos: é mais difícil lutar com alguém que não busca a confrontação.

Família: requer o esforço constante de cada um de seus membros: sermos generosos e reduzir nosso nível de exigência.
Deterioração física: tem que aprender a valorizá-la positivamente; vê-la como o princípio de uma nova vida e não como o princípio do fim.

Relações sociais: é mais fácil estar de bom humor que discutir e entediar-se. O ideal é seguir sendo como somos e utilizar (sempre que pudermos) a franqueza e a amabilidade.

Busca da felicidade: se a buscarmos no lugar equivocado, estaremos convencidos que ela não existe, quando não a encontramos ali.”

Na verdade, temos que mudar os nossos costumes. Negar toda essa vida insana de correr atrás da felicidade, se ela está aqui e agora. Desde criança ouvimos que temos que estudar para conseguir emprego, dinheiro, sucesso. Não se ensina viver sem dinheiro. Não se ensina ter paz de espírito. Então vivemos como robôs ou como gado a caminho do matadouro. Por isso existe a infelicidade. O próprio Dalai Lama dizia: “Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. e por pensarem, ansiosamente no futuro esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente, nem o futuro. E vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vividos”. Outro ensinamento do grande budista: “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.”

Temos que entender que felicidade não é dinheiro e muito menos o poder! E ninguém leva nada dessa vida.

 
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