Dalai Lama condena “genocídio cultural” no Tibete

O Dalai Lama diz que os tibetanos são tratados "como cidadãos de segunda" na região autónoma chinesa.

O Dalai Lama condenou hoje aquilo que considera ser um “genocídio cultural” no Tibete, depois da morte de 80 pessoas em Lhasa, segundo o governo no exílio. O líder espiritural tibetano insistiu na abertura de um inquérito internacional à violência.

Os tibetanos são tratados "como cidadãos de segunda" na região autónoma chinesa, criticou o Dalai Lama numa conferência de imprensa a partir de Dharamsala, na Índia, onde está exilado.

O líder espiritual falou ainda do "regime do terror" imposto pela China comunista. "Eles apoiam-se, unicamente, na força para conseguir uma paz simulada; uma paz ameaçada pela força no seio de um regime do terror".

Dalai Lama recusou apelar ao boicote dos Jogos Olímpicos previstos para Pequim, em Agosto. "Defendo os Jogos Olímpicos", fez questão de dizer. Mas a comunidade internacional tem a "responsabilidade moral" para "lembrar a Pequim de deve ser um anfitrião à altura, para os Jogos Olímpicos".

Pouco antes da intervenção do Prémio Nobel da Paz de 1989, jovens tibetanos radicais exilados na Índia denunciaram "um genocídio" perpetrado pela China, depois das violências no centro histórico de Lhasa. As autoridades chinesas falam em dez mortos; o governo no exílio em 80.

Hoje, a situação em Lhasa é mais calma. A BBC online noticia que a estação de televisão Hong Kong Cable TV mostra imagens de cerca de 200 veículos militares, cada um com 40 a 60 soldados armados, a entrar na capital.

 
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