
"Se as circunstâncias são tais que uma mulher Dalai Lama seja mais útil, então automaticamente virá uma mulher Dalai Lama", disse em entrevista coletiva em Sydney.
O líder espiritual tibetano no exílio, de 77 anos, garantiu que o mundo padece de uma "crise moral" de desigualdade e sofrimento, por isso destacou a necessidade de encontrar líderes que incorporem a compaixão em seus cargos.
"Neste sentido, as mulheres têm maior potencial, têm mais sensibilidade para o bem-estar dos outros", afirmou Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama.
"No meu caso, meu pai era bastante mau caráter. Em algumas ocasiões recebi algumas pancadas. Mas minha mãe era maravilhosamente compassiva", acrescentou.
O Dalai Lama fez estas declarações depois que a primeira-ministra australiana, Julia Gillard, acusou à oposição conservadora de "comportamentos misóginos" e de promover políticas que marginalizam as mulheres.
O Dalai Lama, prêmio Nobel da Paz que vive exilado na Índia desde 1959, iniciou uma viagem pela Austrália onde deve dar conferências em Sydney, Melbourne, Adelaide e Darwin