"Genocídio cultural" levado a cabo pela China no Tibete é a causa principal do descontentamento dos monges, defende Dalai Lama.
Dalai Lama, líder espiritual tibetano, criticou esta semana o controlo exercido pela China no território do Tibete, afirmando ser esta a causa principal para as autoimolações de monges budistas tibetanos que têm ocorrido nos últimos meses.
"Até os chineses que visitam o Tibete ficam com a impressão de que a situação é terrível. Está a acontecer um genocídio cultural", referiu Dalai Lama na conferência de imprensa, em Tóquio.
Segundo o líder espiritual, foi a firmeza dos dirigentes chineses nos últimos 10 a 15 anos que conduziu a estes incidentes e ao desespero dos monges tibetanos, que protestam contra a repressão religiosa.
Dalai Lama, líder espiritual tibetano, criticou esta semana o controlo exercido pela China no território do Tibete, afirmando ser esta a causa principal para as autoimolações de monges budistas tibetanos que têm ocorrido nos últimos meses.
"Até os chineses que visitam o Tibete ficam com a impressão de que a situação é terrível. Está a acontecer um genocídio cultural", referiu Dalai Lama na conferência de imprensa, em Tóquio.
Segundo o líder espiritual, foi a firmeza dos dirigentes chineses nos últimos 10 a 15 anos que conduziu a estes incidentes e ao desespero dos monges tibetanos, que protestam contra a repressão religiosa.
Monges apelam ao regresso de líder espiritual
Pelo menos 11 monges tentaram imolar-se pelo fogo desde março, sete dos quais morreram. O último incidente ocorreu na sexta-feira, quando um monge tibetano tentou imolar-se em frente à embaixada chinesa na Índia mas foi impedido pela polícia.
Também na semana passada, uma monja tibetana morreu imolada pelo fogo no sudoeste da China, na zona de fronteira com o Tibete, apelando, antes de morrer, ao regresso de Dalai Lama, exilado na Índia desde 1959.
A China, cujo domínio sobre o território tibetano se faz sentir desde 1951, encara Dalai Lama como um separatista e responsabiliza-o pelas imolações que têm ocorrido.
O líder espiritual, no entanto, reitera os seus princípios de não-violência e apela à possibilidade de o Tibete se tornar verdadeiramente autónomo.