Lobsang Sangay é o novo premiê do governo tibetano no exílio

O professor universitário Lobsang Sangay foi proclamado nesta quarta-feira primeiro-ministro do governo tibetano no exílio, após obter a maioria dos votos nas eleições de março, anunciou a Comissão Eleitoral tibetana. "A Comissão declara Lobsang Sangay como terceiro 'kalon tripa' (primeiro-ministro)", disse o chefe do organismo, Jampal Chosang, em entrevista coletiva transmitida pelo canal Tibetonline na cidade de Dharamsala (norte da Índia), sede do governo no exílio.

Segundo detalhou Chosang, Sangay obteve 55% dos votos, seguido por um alto funcionário tibetano, Tenzin Namgyal, com 37,4%, e pelo enviado do dalai lama em Bruxelas, Tashi Wangdi, que obteve 6,44% dos sufrágios.

Formado em Direito, Lobsang Sangay, de 43 anos, é atualmente docente da Universidade de Harvard, e segundo confirmou à Agência Efe uma fonte de sua equipe de campanha, não deve viajar à Índia até o início de maio.

A escolha do novo primeiro-ministro é importante porque o vencedor pode assumir as funções políticas ostentadas até agora pelo dalai lama, que anunciou formalmente em março sua intenção de aposentar-se da política. Tanto o dalai lama como os membros das instituições tibetanas no exílio vivem na localidade de Dharamsala, nas encostas do Himalai, onde se refugiou o líder espiritual budista após a fracassada revolta tibetana de 1959 contra a China.

A participação nas eleições, realizadas em 20 de março, foi de 58,97%. Cerca de 83,4 mil tibetanos que vivem fora da China podiam votar no pleito, no qual também ficou decidida a composição do novo Parlamento tibetano no exílio, de 43 deputados e que não é reconhecido oficialmente por nenhum país do mundo.

 
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