
O governo chinês já havia anunciado que, no início de abril, os turistas estrangeiros poderiam voltar a visitar o Tibete, onde ano passado violentos protestos deixaram dezenas de mortos.
O dia 10 de março marcou 60 anos da derrota da oposição tibetana ao governo chinês, que culminou com a fuga de Dalai Lama, o líder espiritual e político tibetano, à Índia. Temendo novos protestos, as autoridades chinesas decidiram fechar a região. Esta foi a segunda vez em um ano, que o Tibete esteve fechado aos visitantes estrangeiros.
Desde o século VII, o Palácio de Potala - em Lhasa, capital tibetana - era residência oficial dos líderes, além de ser um centro administrativo e religioso. Até 1959, Tenzin Gyatso, o atual Dalai Lama, passava seus invernos ali. A construção é classificada como Patrimônio da Humanidade pela Unesco, que considera o complexo um símbolo do budismo.Situado a 3.700 metros de altitude, o Potala fica sobre a Montanha Vermelha, no centro de Lhasa, onde ocupa uma área de 130.000 m². Dali, é possível ter uma visão privilegiada não apenas da capital, mas também dos picos nevados do Himalaia. A edificação se assemelha a uma fortaleza, cercada por muralhas e com longas escadarias para se alcançar o topo.O complexo é dividido em partes interligadas. A principal é o Palácio Branco, que mede 320 por 200 metros. Ali, fica o trono do Dalai Lama, bem como - no topo - seus aposentos. A oeste, está o Palácio Vermelho, com inúmeras capelas e tumbas dos líderes anteriores. Completa o conjunto de prédios principais o Namgyel Dratshang, o monastério privativo do Dalai Lama.Além da beleza arquitetônica, Potala chama a atenção por sua minuciosa decoração, que inclui centenas de murais, pinturas, carpetes tibetanos, porcelanas, detalhes em ouro e prata e estátuas religiosas, entre outros tesouros.
Para saber mais, visite a página da Unesco (em inglês) no endereço http://whc.unesco.org/en/list/707/.