
O governo da Região Autônoma do Tibet destinará a partir deste ano 25 milhões de yuans (US$ 2,9 milhões) por ano para o desenvolvimento da cultura local, informou segunda-feira Nyima Cering, diretor do departamento de cultura regional. "O Tibet conta com uma cultura abundante. Nosso trabalho deve incluir a proteção da cultura tradicional e o desenvolvimento da cultura moderna", assinalou Nyima. O investimento governamental foi feito em diversos projetos, incluindo a manutenção de edifícios antigos, o desenvolvimento do idioma tibetano, a proteção de livros antigos e o estabelecimento de grupos artísticos. Também são fomentados bandas folclóricas, sites de internet, novelas, peças teatrais e canções em idioma tibetano, assinalou Nyima. Uma série de novos projetos culturais serão iniciados e as peças teatrais comerciais continuarão em 2009, indicou, acrescentando que este ano será oferecida uma nova peça de teatro histórica pelo 50º aniversário da reforma democrática do Tibet. Um projeto de preservação no valor de 330 milhões de yuans (US$ 48 milhões) do Palácio de Potala, Palácio de Norbu Lingka e Monastério de Sagya, três das relíquias mais importantes no Tibet, será concluído nos próximos meses. A informação foi dada em uma reunião para a proteção de relíquias culturais na Região Autônoma do Tibet, sudoeste da China. O trabalho, subsidiado pelo governo central chinês, começou em 2002. O Palácio de Potala, construído no século VII, já está incluído na lista de herança cultural do mundo. Norbu Lingka, que quer dizer "parque de tesouro" no idioma tibetano, era o palácio de verão do Dalai Lama. O Monastério de Sagya, a cerca de 4,3 mil metros acima do nível do mar, conserva uma enorme quantidade de livros clássicos sobre o budismo e pinturas preciosas. Do capital total, 240 milhões de yuans estão sendo gastos em reparações do Palácio de Potala, disse Champa Kelsang, chefe da administração do local. A renovação para o Palácio de Potala também inclui 17 edifícios antigos, além do Palácio Vermelho e do Palácio Branco. O Vermelho contém a tumba estupa de gerações do Dalai Lamas e vários salões de oração. O Branco compreende duas asas e era o local onde o Dalai Lama vivia, trabalhava e realizava atividades políticas e religiosas.